quarta-feira, 4 de junho de 2014

A disposição das varas no terreno
As varas verticais, embora sejam de longe as mais eficazes a atrair os pombos torcazes, têm no entanto uma particularidade que condiciona a sua colocação no terreno. Devido à sua visibilidade, chamam os pombos de muito longe, mas estes tendem a passar sobre o pombo de vara, a baixa altitude, mas sem procurarem pousar, pelo menos de imediato. Esta característica obriga a certos cuidados na colocação da vara (ou das varas, como adiante se verá).
1ªopção 
O sistema mais simples, e por isso menos eficiente, quando comparado com as alternativas aqui mencionadas, assenta numa vara vertical colocada numa árvore que deverá estar posicionada em frente da armação, a uma distância de 20 /30 metros. O seu accionamento é feito através de um fio que passa através de um rolete, fixo no chão na vertical da vara. Trata-se um sistema muito apelativo, mas, pela restrição referida no parágrafo acima, tenda a “controlar” mal a entrada dos pombos. Embora estes, tendencialmente, entrem de “bico ao vento” (lembro que a armação deverá ter sempre o vento “pelas costas”) e como tal na direcção do aguardo, a verdade é que, com toda a facilidade, poderão passar mais à esquerda ou à direita, reduzindo o aproveitamento e o número de peças cobradas.
1ª opção (1 vara)
2ª opção
Em vez de colocar apenas uma vara vertical frontalmente (op.1), deverão ser colocadas duas varas verticais lateralmente, em árvores distantes cerca de 15 /20 m, uma à esquerda e outra à direita. Esta montagem permite aumentar substancialmente o rendimento, pois torna possível, em função da forma como os pombos abordam a armação, trabalhar mais à direita ou mais à esquerda, consoante se pretende puxar os torcazes mais num sentido ou noutro. Isto é, se, num lance, os pombos entram excessivamente por um dos lados, devemos chamá-los com a vara vertical do outro lado, de forma a corrigir a sua trajectória na direcção do aguardo ou das “madrinhas”. Isto só é possível pela excelente visibilidade dos pombos de vara a trabalharem no alto da copa, como só esta vara permite. Um bom negaceiro, com duas varas verticais, na esmagadora maioria das situações, conduz os pombos na direcção que deseja.
2ª opção (2 varas)
3ª opção 
Esta não é mais do que a soma das duas anteriores. Por isso é, indiscutivelmente, mais eficaz.
A montagem de uma vara vertical numa árvore em frente do aguardo, sobretudo se tiver maior curso ou se tiver o fio que a liga ao pombo de vara mais comprido, para que o pombo possa subir mais, permite aumentar a eficácia do conjunto quando os torcazes se encontram mais afastados, tornando visível e mais apelativo todo o conjunto. Quando estes já se encontram em aproximação na proximidade do aguardo, apenas as varas laterais devem trabalhar da forma referida na op.2.
3ª opção (3 varas)
4ª opção
Trata-se, mais do que uma opção, de um complemento, pois se acrescermos à opção anterior (ou a qualquer uma das outras) uma vara de rolo ou uma vara de mola tradicional, na copa da árvore onde se encontra o aguardo, então a probabilidade de os torcazes em aproximação se dirigirem para poisar sobre as nossas cabeças aumenta substancialmente, tornando ainda o conjunto um pouco mais eficaz. A utilização deste conjunto só é possível com um negaceiro muito hábil, pois, embora trabalhando em tempos diferentes, terá de operar com quatro varas distintas.
Todas as opções referidas poderão (e deverão) ser completadas com pombos vivos ou mortos, colocados no solo, ou ainda pombos artificiais, colocados, da mesma forma, no solo, ou ainda na copa das árvores. Havendo “mãos livres”, isto é, ajudantes de negaceiro, eventualmente colocados nas madrinhas, podem ainda ser utilizados um ou mais rolos no chão, com pombos de vara, colocados entre os referidos acima, para dar movimento e vivacidade ao conjunto.
4ª opção (3 varas verticais e um rolo)

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