quarta-feira, 18 de junho de 2014

coelho bravo

O coelho-bravo apresenta um comprimento médio de cerca de 40 cm, e o peso total do adulto varia entre 1000 g e 1200 g. Trata-se de uma espécie sem dimorfismo sexual, sendo a fêmea ligeiramente maior e mais pesada que o macho .
As orelhas medem cerca de 7 cm, as patas traseiras são longas e podem atingir os 9 cm. A cauda é em forma de tufo e as unhas são grandes e afiadas.

O seu habitat preferencial são as áreas mistas, do tipo mosaico com abrigo, como é o caso dos bosques e matos temperados, e zonas mais abertas, como pastagens e terrenos agrícolas .
São animais geralmente nocturnos, restringindo a sua actividade durante o dia perto da toca ou em áreas de denso arvoredo, de modo evitar os predadores . Assim, preferencialmente os períodos de alimentação e deslocação são feitos durante a noite, uma vez que a sua visão está adaptada à fraca luminosidade .
Como se trata de espécie-chave, o coelho-bravo está em diferentes cadeias alimentares, destacando predadores ibéricos com estatuto de espécie rara ou em perigo de extinção, como aves de rapina nidificantes e mamíferos carnívoros . Os coelhos-bravos vivem em colónias, organizando-se em numerosas tocas comunitárias, que por sua vez, estão ligadas entre si por extensas galerias com várias entradas e saídas. Vivem em 5 grupos familiares de 2 a 7 indivíduos apresentando uma hierarquia social rígida com um macho e fêmea dominante .
O coelho-bravo é herbívoro, não apresentando grande selectividade de escolha, pois adapta-se aos recursos disponíveis, estado de desenvolvimento e valor nutricional das plantas .
A sua dieta é composta por gramíneas, plantas lenhosas e plantas herbáceas .
A variedade de espécies consumidas é maior na Primavera do que nas restantes estações do ano. Nas estações frias, a espécie inclui na dieta alimentos como raízes e caules .
No que diz respeito à competição intra-específica, o principal factor envolvido é o alimento, estando o coelho-bravo sujeito a uma elevada taxa de mortalidade . Para compensar, esta espécie reproduz-se com uma alta taxa de sucesso.

tipos de pombos

No nosso país pode encontrar-se três espécies de pombos, com a designação geral de pombos bravos: O pombo torcaz, o pombo das rochas e o pombo bravo. São aves caracterizadas pelo seu aspecto robusto, asas pontiagudas, cabeça relativamente pequena, cauda comprida e voo rápido.
Outras características que têm em comum – assim como a rola – é a sua dependência da água (os grãos de que se alimentam são amolecidos no papo), sendo assim frequente ver os pombos em bebedouros onde saciam a sede, logo levantando voo. Normalmente vivem em bandos fora da época de criação e aos pares durante o acasalamento.
As três espécies têm uma silhueta e forma de voo características, não oferecendo dificuldades de identificação; no entanto, apontam-se de seguida alguns pormenores específicos de cada uma delas.
Nome Cientifico: Columba Palumbus
Nome Vulgar: Pombo-Torcaz
È o maior dos três pombos (41cm de comprimento), tem duas manchas brancas nos lados do pescoço e outras duas manchas brancas nas asas que o tornam facilmente reconhecível quando em voo.
È um migrador parcial; a maioria da população, proveniente do norte da Europa visita Portugal durante o outono e o inverno. Os animais que criam no nosso país apresentam uma distribuição englobando praticamente todo o território, mas de inverno concentram-se, sobretudo, nas regiões com montado de sobro e azinho.
O pombo torcaz é característico das zonas arborizadas e a sua alimentação é obtida nesses locais – bolota, azeitona mas também se alimenta nas áreas abertas – de cereais, por exemplo.
O ninho é normalmente construído em árvores, a alturas geralmente elevadas; podem ser feitas 3 posturas de 2 ovos (raramente 1), são incubados pelo macho e pela fêmea durante 17 dias.
Nome Cientifico: Columba Livia
Nome Vulgar: Pombo-das-Rochas
Considerado como antepassado dos nossos pombos mansos, este pombo, bastante mais pequeno ( 33cm de comprimento ) e esbelto que o torcaz, representa também outras características que permitem uma fácil distinção daquele: ausência das manchas brancas no pescoço e nas asas, duas barras pretas nas asas, sobretudo visíveis quando em voo, e uropígio branco.
È uma espécie residente, apresentando uma distribuição alargada a quase todo o país, embora localizado devido ao tipo de habitat preferencial.
O habitat do pombo das rochas, tal como o nome indica, está sobretudo ligado ás zonas rochosas, incluindo a orla marítima e áreas adjacentes; a sua alimentação é á base de grãos e sementes.
Nidifica nas falésias ou mesmo em edifícios, geralmente em colónias. O ninho é feito de uma camada delgada de pequenos ramos e raízes e é construído por ambos os sexos, normalmente o macho transporta o material e a fêmea coloca-o. A postura é de 2 ovos, raramente 1 e a incubação dura 17 a 19 dias.
Nome Cientifico: Columba Oenas
Nome Vulgar: Pombo-Bravo
Sensivelmente do mesmo tamanho do pombo das rochas, não apresenta, ao contrário deste, uropígio branco e barras alares negras. Identifica-se pelas pontas das asas negras e dorso nitidamente mais escuro do que o pombo das rochas.
Espécie também residente, mas, das três espécies em causa é a que apresenta uma distribuição menos alargada no nosso país, restrita sobretudo ao interior.
O seu habitat está especialmente relacionado com zonas arborizadas (bosques ou florestas) a sua alimentação baseia-se em grão e em menor percentagem em bagas e bolota.
A nidificação faz-se geralmente em buracos de árvores, de edifícios ou mesmo de rochas. Normalmente as posturas – 2 ou 3 por ano – são de 2 ovos, raramente 1, a incubação é de 16 a 18 dias.

Os veados ou cervos são mamíferos da ordem dos artiodáctilos pertencentes, em sentido estrito, à família Cervidae. Entretanto, várias espécies semelhantes, de outras famílias da mesma ordem, são também chamados veados. Em Portugal, é normalmente usada esta designação para referir os veados-vermelhos.São encontrados em todo o mundo, exceto na Austrália (as espécies que lá vivem, embora em estado selvagem, foram introduzidas na colonização). Os machos da maioria das espécies desenvolvem esgalhos, galhadas ou hastes (feitas de sais de cálcio) no crânio, que são renovados anualmente. São usados como arma durante a estação de acasalamento, nos combates entre machos. Os veados sem esgalhos possuem longos caninos superiores, que usam como arma. Os veados são polígamos.
Os veados são herbívoros com alimentação específica devido à pouca especialização do seu estômago, que não digere vegetação fibrosa como erva. Assim, alimentam-se principalmente de rebentos, folhas, frutos e líquenes. Têm ainda elevados requerimentos nutricionais de minerais que lhes permitam crescer novos esgalhos todos os anos.
Certas espécies de veados ao longo das Américas foram quase exterminadas por ser sua carne considerada uma iguaria. Muitas espécies estão ameaçadas de extinção.

rola brava

A rola-comum ou rola-brava (Streptopelia turtur) é uma ave da família Columbidae, que inclui as rolas, as rolinhas e os pombos.
É uma espécie migratória com distribuição no paleártico sul, incluindo a Turquia e o norte de África, se bem que seja rara no norte da Escandinávia e na Rússia; inverna na África meridional. A rola-brava é o membro mais pequeno da família dos pombos (Columbidae) na Europa e atualmente as suas populações encontram-se a diminuir por toda a Europa e é considerada uma das espécies outrora consideradas comuns, mas que já não é facilmente observável.
O seu habitat preferido e local de alimentação são zonas florestais, pequenos bosques e zonas abertas. Em Portugal é possível observá-la em todo o território com mais predominância no norte do país. Esta espécie migradora percorre distâncias superiores a 10 000km. Chega aos locais de reprodução em abril e fica até agosto.
Atualmente estima-se que na Europa existam entre 3,5 e 7,2 milhões de casais.
Entre 1980 e 2009 a população europeia de rola-brava diminuiu 69%, o que significa que por 100 rolas-bravas que existiam em 1981 agora existem 31 indivíduos. De acordo com o Censo de Aves Comuns da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) desde 1996 até 2010, em Portugal houve uma diminuição de 31%. As principais razões da diminuição das populações, são a perda de habitat e a caça. Por estas razões foi considerada a Ave do Ano 2012 pela 

quarta-feira, 11 de junho de 2014

trofeu do javali

Finalmente, e como penso que todos sabem (?) o principal objectivo da caça maior é a obtenção do troféu, que, no caso do javali, é o conjunto das suas defesas - 2 navalhas (caninos inferiores) e duas amoladeiras ( caninos superiores). A seguir apresenta-se um esquema da evolução das defesas do javali bem como a sua localização nas maxilas e finalmente, o troféu já montado.
E porque caçar é uma coisa, atirar é outra e finalmente cobrar o animal atirado é outra ainda, aqui ficam algumas referências sobre a reacção mais habitual do javali em função da colocação do tiro.
    
                                                 
                                                                 
 1 - Tiro de Rim ( Raramente se cobra. A morte sobrevém  48 a 36 horas após o ferimento).
  2 - Tiro de Pata Traseira Nunca se cobra. )
  3 - Tiro de Coluna atrasado Temporariamente paralisado no local do tiro, seguido de fuga arrastada. Cobro perigoso com animal vivo).
  4 - Tiro de Pança baixo ( Raramente se cobra. Vestígios de banha, pêlos, conteúdo estomacal e tripas no local do tiro).
  5 - Tiro de Hipófise. ( Nunca se cobra. Queda instantânea no local devido a desmaio; rápida recuperação e fuga desenfreada).
  6 - Tiro de Focinho. ( Nunca se cobra. Queda e fuga instantânea).
  7 - Tiro de Pata dianteira. ( Nunca se cobra. Queda e fuga instantânea).
  8 - Tiro de coração. ( Cobro fácil. Pode acontecer a chamada "corrida da morte" caindo seco relativamente perto do local do tiro - até          150m)
  9 - Tiro de coluna. ( Cobro fácilmas atenção que pode ainda estar vivo quando nos aproximar-mos do animal )

O javali

O Javali é, por excelência, a espécie rainha da Caça Maior não só em Portugal, como também em praticamente todo o continente Europeu. Este animal desperta uma paixão incalculável em quase todos os praticantes desta modalidade de caça, por um lado pela quantidade de efectivos existentes, e por outro pela facilidade com que prolifera em quase todo o tipo de terrenos. Apesar de ter preferência por zonas de maior e mais denso coberto vegetal do tipo bosque e sub coberto  mediterrânico,  é fácil encontrá-lo também em zonas mais nuas de vegetação ou apenas cultivadas. A espécie revela uma invulgar capacidade de adaptação a muitos e diferentes tipos de ambientes, com o único senão de não lhe faltar a alimentação ( igualmente muito variada) e a água (é pouco provável encontrar javalis em zonas demasiado áridas ou secas).  Revela, ainda, um elevado grau de nomadismo (capacidade de deslocar de umas regiões para outras conforme os hábitos da espécie, o clima, a disponibilidade de alimento ou ainda - sendo este o factor mais importante - a tranquilidade na zona). A espécie revela igualmente uma invulgar robustez física, dado que é pouco afectada por doenças virais ou epidémicas sabendo-se que a sua taxa de mortalidade por estes motivos é muito baixa (inferior a 3% dos efectivos de qualquer região), apresentando também uma taxa de reprodução muito elevada associada a uma taxa de mortalidade post natal muito baixa ( as fêmeas atingem a maturidade sexual cerca dos 8-10 meses de idade, e enquanto a primeira camada é de cerca de 3-4 crias, nas restantes parições este valor quase que duplica.)
Por estes motivos e de uma forma geral podemos dizer que existem javalis em praticamente todo o lado.

conportameto do javali

O javali é de comportamento sociável, mas não é territorialista, ou seja, não marca territórios. Reúne-se em grupos matriarcais, normalmente com três a cinco animais, formados pelas fêmeas e suas crias, embora possam ser encontrados grupos superiores a vinte indivíduos. A javalina (ou gironda - a fêmea do javali, quando já madura) dominante é a de maior idade e tamanho e sempre fica um pouco mais afastada do grupo como uma Guarda, que normalmente dá sua vida para que o restante fuja. Os jovens machos de um ano, chamados "barrascos", vivem na periferia do grupo. Banho de lama. Exceptuando-se o período de cio, os machos em idade reprodutora (barrões, varrões) são bem mais solitários, mas podem ser vistos acompanhados por um ou mais machos jovens, conhecidos por "escudeiros". O grunhido do javali chama-se "arruar". cotidiano[editar | editar código-fonte] O javali, durante o dia, é normalmente sedentário e descansa em "manchas" (zonas de mato mais ou menos denso), onde faz seu "encame" (a "cama" do javali é constituída por pequenas depressões no terreno, feitas por eles próprios, sendo as destinadas a maternidade autenticos ninhos de vegetação construídos pelas marrãs - fêmeas parideiras). Durante as noites, é bastante ativo, chegando a percorrer distâncias consideráveis, que podem variar de 2 a 14 (?)km por noite, normalmente ao passo cruzado ou ao trote ligeiro (J. Reichholf, 1995), enquanto nas corridas pode praticar um rápido galope, que, no entanto, pode manter por curto período apenas. Nos bosques, utiliza quase sempre os mesmos caminhos para suas andanças, variando com as estações e disponibilidade alimentar ou de refúgio, mas as fêmeas prenhes ou com crias tornam-se mais sedentárias.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Predador do tordo

Predador

Os principais predadores dos adultos desta espécie são o gato doméstico (Felis silvestris catus), o mocho-galego (Athene noctua) e o gavião-da-europa (Accipiter nisus), e a pega-rabilonga (Pica pica), o gaio-comum (Garrulus glandarius) e o esquilo-cinzento (Sciurus carolinensis) caçam tanto os seus ovos como as crias.

Parasitas


Um adulto procurando alimento, Reino Unido.
Tal como acontece com outros pássaros, os parasitas são comuns nesta espécie, incluindo endoparasitas como onemátodo Splendidofilaria (Avifilaria) mavis, cujo nome específico deriva do tordo-comum, os tremátodosEchinostoma revolutum e Plagiorchis multiglandularis e o acantocéfalo Plagiorhynchus (Prosthorhynchus) cylindraceus. Um estudo russo mostra que todos os tordos-zornais (Turdus pilaris), tordos-ruivos (Turdus iliacus) e tordos-comuns testados possuíam hematozoários, particularmente dos géneros Haemoproteus e Trypanosoma.Um estudo soviético revelou ainda que é frequente os tordos-comuns estarem infestados com carraças do géneroIxodes, que podem transmitir vírus e bactérias patogénicas incluindo a encefalite transmitida por carraças em zonas florestais da Europa Central e Oriental e da Rússia, e mais amplamente por bactérias do géneroBorrelia. Algumas espécies do género Borrelia podem transmitir a doença de Lyme, e aves que passam muito do seu tempo em busca de alimento no solo, como o tordo-comum, podem servir de reservatório para a doença. As larvas da espécie de insecto díptero Fannia nidica estão associadas aos ninhos de tordos.
Ocasionalmente, esta espécie é alvo de parasitismo de ninhada por parte de cucos como o cuco-canoro (Cuculus canorus), mas isso não é significativo pois o tordo-comum é capaz de reconhecer os ovos não miméticos dessa espécie parasita. No entanto, o tordo-comum não demonstra perante os cucos adultos a mesma agressividade que o seu parente, o melro-preto (Turdus merula). Um estudo neozelandês revelou que os tordos-comuns introduzidos durante a década de 1860 na Nova Zelândia, onde não os cucos não ocorrem, continuam a rejeitar os seus ovos não miméticos.

Alimentção do tordo



O tordo-comum é omnívoro, consumindo uma grande variedade de invertebrados, especialmente minhocas e caracóis, assim como bagas e drupas. Tal como o seu parente, o melro-preto (Turdus merula), caça principalmente com a visão, corre aos trancos e barrancos enquanto caça em terreno aberto, e revira folhas em decomposição de forma barulhenta e demonstrativa em busca de alimento.4 Os caracóis são particularmente importantes quando a seca ou condições atmosféricas adversas tornam outros tipos de alimento difíceis de encontrar. O tordo-comum usa frequentemente pedras como uma bigorna para partir a casca dos caracóis antes de extrair o seu corpo mole e invariavelmente esfregá-lo no chão antes do consumir Aves jovens inicialmente agitam objetos e brincam com eles até aprenderem a usar pedras como instrumentos para partir a casca dos caracóis.

A espécie de caracol Cepaea nemoralis é regularmente consumida pelo tordo-comum, e foi sugerido que os padrõespolimórficos da sua casca são uma resposta evolutiva para reduzir a predação por parte desta espécie; no entanto, o tordo-comum pode não ter sido a única força de seleção envolvida.

Tal como outros melros e tordos, esta espécie regurgita pequenas bolas contendo as sementes após a partes moles terem sido digeridas
A disposição das varas no terreno
As varas verticais, embora sejam de longe as mais eficazes a atrair os pombos torcazes, têm no entanto uma particularidade que condiciona a sua colocação no terreno. Devido à sua visibilidade, chamam os pombos de muito longe, mas estes tendem a passar sobre o pombo de vara, a baixa altitude, mas sem procurarem pousar, pelo menos de imediato. Esta característica obriga a certos cuidados na colocação da vara (ou das varas, como adiante se verá).
1ªopção 
O sistema mais simples, e por isso menos eficiente, quando comparado com as alternativas aqui mencionadas, assenta numa vara vertical colocada numa árvore que deverá estar posicionada em frente da armação, a uma distância de 20 /30 metros. O seu accionamento é feito através de um fio que passa através de um rolete, fixo no chão na vertical da vara. Trata-se um sistema muito apelativo, mas, pela restrição referida no parágrafo acima, tenda a “controlar” mal a entrada dos pombos. Embora estes, tendencialmente, entrem de “bico ao vento” (lembro que a armação deverá ter sempre o vento “pelas costas”) e como tal na direcção do aguardo, a verdade é que, com toda a facilidade, poderão passar mais à esquerda ou à direita, reduzindo o aproveitamento e o número de peças cobradas.
1ª opção (1 vara)
2ª opção
Em vez de colocar apenas uma vara vertical frontalmente (op.1), deverão ser colocadas duas varas verticais lateralmente, em árvores distantes cerca de 15 /20 m, uma à esquerda e outra à direita. Esta montagem permite aumentar substancialmente o rendimento, pois torna possível, em função da forma como os pombos abordam a armação, trabalhar mais à direita ou mais à esquerda, consoante se pretende puxar os torcazes mais num sentido ou noutro. Isto é, se, num lance, os pombos entram excessivamente por um dos lados, devemos chamá-los com a vara vertical do outro lado, de forma a corrigir a sua trajectória na direcção do aguardo ou das “madrinhas”. Isto só é possível pela excelente visibilidade dos pombos de vara a trabalharem no alto da copa, como só esta vara permite. Um bom negaceiro, com duas varas verticais, na esmagadora maioria das situações, conduz os pombos na direcção que deseja.
2ª opção (2 varas)
3ª opção 
Esta não é mais do que a soma das duas anteriores. Por isso é, indiscutivelmente, mais eficaz.
A montagem de uma vara vertical numa árvore em frente do aguardo, sobretudo se tiver maior curso ou se tiver o fio que a liga ao pombo de vara mais comprido, para que o pombo possa subir mais, permite aumentar a eficácia do conjunto quando os torcazes se encontram mais afastados, tornando visível e mais apelativo todo o conjunto. Quando estes já se encontram em aproximação na proximidade do aguardo, apenas as varas laterais devem trabalhar da forma referida na op.2.
3ª opção (3 varas)
4ª opção
Trata-se, mais do que uma opção, de um complemento, pois se acrescermos à opção anterior (ou a qualquer uma das outras) uma vara de rolo ou uma vara de mola tradicional, na copa da árvore onde se encontra o aguardo, então a probabilidade de os torcazes em aproximação se dirigirem para poisar sobre as nossas cabeças aumenta substancialmente, tornando ainda o conjunto um pouco mais eficaz. A utilização deste conjunto só é possível com um negaceiro muito hábil, pois, embora trabalhando em tempos diferentes, terá de operar com quatro varas distintas.
Todas as opções referidas poderão (e deverão) ser completadas com pombos vivos ou mortos, colocados no solo, ou ainda pombos artificiais, colocados, da mesma forma, no solo, ou ainda na copa das árvores. Havendo “mãos livres”, isto é, ajudantes de negaceiro, eventualmente colocados nas madrinhas, podem ainda ser utilizados um ou mais rolos no chão, com pombos de vara, colocados entre os referidos acima, para dar movimento e vivacidade ao conjunto.
4ª opção (3 varas verticais e um rolo)

AS RAÇAS MAIS UTILIZADAS COMO POMBO DE VARA



 POMBO DOMÉSTICO
 O pombo doméstico (columba livia) é um pombo pequeno, com barras negras nas costas que teve origem no pombo da rocha, o pombo mais antigo que se conhece, tendo sido domesticado há mais de 5 000 anos.
columba_livia_tn
Pombo doméstico
3.2 ALLODOLA DE COBURGO
Trata-se de um “pombo de forma”, isto é uma raça apurada essencialmente através de critérios orientados para a forma do pombo. Oriundo da Alemanha, foi descrito pela primeira vez em 1869. Tem diversos padrões no que se refere à coloração. A que mais nos importa é a que se ilustra na foto abaixo, por não ter barras negras, o que o tornou extremamente útil em cruzamentos destinados a eliminar as referidas barras. Foi determinante na obtenção do Casalese, ou seja, no Italiano de Asa Lisa.
allodoladicoburgo Allodola de Coburgo prata, sem barras
4. FRANCESES
4.1 AZUL DE GASCOGNE
Pombo com origem em França, tendo como antepassado o pombo doméstico (Bizet para os franceses). Trata-se de uma raça que foi apurada apenas com o objectivo de ser semelhante ao torcaz, para poder funcionar como chamariz. É um pombo muito resistente e do qual existe apenas uma variedade. Tem o olho laranja vivo, o chamado olho de galo. De referir que, de acordo com o padrão da raça, as barras deverão ser o mais ténues possível, embora não devam desaparecer totalmente.
Azul Gascogne
Azul Gascogne
5. ITALIANOS
5.1 TERNANO
Apesar de ser uma raça de pombos muito antiga, descendendo do pombo doméstico, o Ternano (ou Amélia) mantém toda a relevância pois não só está na origem das raças de pombos de vara mais utilizadas, como, por ser dócil, muito inteligente e fácil de treinar, é reconhecidamente o melhor para utilizar solto. Esta técnica (volantini) é a mais utilizada em Itália, com enorme sucesso.
ternano  Ternano
 Hoje em dia, já se conseguem Ternanos com as asas completamente lisas, isto é, sem barras negras. Estes últimos, embora fujam de forma muito clara daquilo que é o padrão da raça, são utilizados com êxito nas diversas modalidades de caça com vara.
ternano sem barras  Ternano sem barras
Recentemente, os pombos desta raça foram melhorados com a introdução de penas brancas nas asas, numa posição que, sobretudo em voo, permitem aumentar a sua semelhança com o pombo torcaz.
ternano V  Ternano para trabalhar solto ou em ponteira vertical
5.2 ROSITA
Pouco divulgado entre nós, trata-se de um pombo sem barras ou com elas esfumadas, semelhante ao francês Azul de Gascogne, de cor rosada, como o próprio nome indica. Derivou de cruzamentos realizados no final dos anos setenta entre a referida raça francesa e o italiano Vermelho Genovês.
rosita  Rosita
5.3 TENEBROSO
Sempre com o objectivo de conseguir pombos para trabalho de caça o mais semelhantes possível ao torcaz, os criadores italianos juntaram o seu Ternano com o francês Azul de Gascogne tendo conseguido o Tenebroso. Trata-se de um pombo escuro e sem barras semelhante ao Ternano.
Tenebroso  Tenebroso
5.4 CASALESE
O Casalese ou, de forma aportuguesada, o Casalês, foi fixado em definitivo em 1996. Como já foi referido, resultou de uma selecção obtida através do cruzamento do alemão Allodola de Coburgo e do italiano Ternano. Um pouco mais claro do que o Ternano, tem uma cor uniforme cinza, sem barras
Casalese  Casalese
De referir que o gene responsável pela ausência de barras negras nas asas, obtido a partir do Allodola de Coburgo, é, nesta raça, um gene recessivo, isto é, quando cruzamos um Italiano de Asa Lisa com um pombo de qualquer outra raça possuidora de barras negras, mais ou menos atenuadas, como é o caso do Azul de Gascogne, o resultado são pombos com acentuadas barras negras.
A ausência de organizações que fixem o padrão das raças de pombos para caça em Itália fez com que os criadores, na procura de pombos mais semelhantes aos torcazes, cruzassem o Casalese com o Tenebroso, o que resultou numa grande semelhança entre as duas raças. O Casalese tem uma morfologia muito semelhante ao Tenebroso, com a diferença que é um pouco mais claro e com a cauda um pouco mais longa. O Tenebroso, por sua vez, possui uma cabeça mais semelhante ao Ternano.
A raça que em Portugal e Espanha apelidamos correntemente de Italiano de Asa Lisa corresponde de forma indistinta a qualquer uma destas duas raças (Casalese e Tenebroso). O cruzamento entre elas resulta sempre em pombos sem barras negras.
6. NACIONAL
Tal como os seus equivalentes Ternano, em Itália, Bizet, em França, e Pica, em Espanha, a raça nacional teve origem no pombo doméstico, sendo muito semelhante a este. O seu apuramento foi realizado sobretudo no Alentejo, zona onde a caça aos pombos torcazes com vara se encontra mais enraizada, tendo sempre em vista uma aproximação morfológica ao torcaz.
Estes pombos têm hoje uma cor cinzenta azulada, uniforme, possuindo ainda rémiges muito longas, com o objectivo de melhorar o seu guizo. É ainda possível aumentar o comprimento destas penas, se a ave for desguiada no quarto crescente do mês de Junho, de modo a que a sua plumagem fique completa antes do início da temporada de caça. São pombos muito inteligentes e aptos a qualquer modalidade de caça com vara. Pela negativa, possuem as indesejadas barras negras nas asas.
Nacional Branco  Nacional