quarta-feira, 18 de junho de 2014

coelho bravo

O coelho-bravo apresenta um comprimento médio de cerca de 40 cm, e o peso total do adulto varia entre 1000 g e 1200 g. Trata-se de uma espécie sem dimorfismo sexual, sendo a fêmea ligeiramente maior e mais pesada que o macho .
As orelhas medem cerca de 7 cm, as patas traseiras são longas e podem atingir os 9 cm. A cauda é em forma de tufo e as unhas são grandes e afiadas.

O seu habitat preferencial são as áreas mistas, do tipo mosaico com abrigo, como é o caso dos bosques e matos temperados, e zonas mais abertas, como pastagens e terrenos agrícolas .
São animais geralmente nocturnos, restringindo a sua actividade durante o dia perto da toca ou em áreas de denso arvoredo, de modo evitar os predadores . Assim, preferencialmente os períodos de alimentação e deslocação são feitos durante a noite, uma vez que a sua visão está adaptada à fraca luminosidade .
Como se trata de espécie-chave, o coelho-bravo está em diferentes cadeias alimentares, destacando predadores ibéricos com estatuto de espécie rara ou em perigo de extinção, como aves de rapina nidificantes e mamíferos carnívoros . Os coelhos-bravos vivem em colónias, organizando-se em numerosas tocas comunitárias, que por sua vez, estão ligadas entre si por extensas galerias com várias entradas e saídas. Vivem em 5 grupos familiares de 2 a 7 indivíduos apresentando uma hierarquia social rígida com um macho e fêmea dominante .
O coelho-bravo é herbívoro, não apresentando grande selectividade de escolha, pois adapta-se aos recursos disponíveis, estado de desenvolvimento e valor nutricional das plantas .
A sua dieta é composta por gramíneas, plantas lenhosas e plantas herbáceas .
A variedade de espécies consumidas é maior na Primavera do que nas restantes estações do ano. Nas estações frias, a espécie inclui na dieta alimentos como raízes e caules .
No que diz respeito à competição intra-específica, o principal factor envolvido é o alimento, estando o coelho-bravo sujeito a uma elevada taxa de mortalidade . Para compensar, esta espécie reproduz-se com uma alta taxa de sucesso.

tipos de pombos

No nosso país pode encontrar-se três espécies de pombos, com a designação geral de pombos bravos: O pombo torcaz, o pombo das rochas e o pombo bravo. São aves caracterizadas pelo seu aspecto robusto, asas pontiagudas, cabeça relativamente pequena, cauda comprida e voo rápido.
Outras características que têm em comum – assim como a rola – é a sua dependência da água (os grãos de que se alimentam são amolecidos no papo), sendo assim frequente ver os pombos em bebedouros onde saciam a sede, logo levantando voo. Normalmente vivem em bandos fora da época de criação e aos pares durante o acasalamento.
As três espécies têm uma silhueta e forma de voo características, não oferecendo dificuldades de identificação; no entanto, apontam-se de seguida alguns pormenores específicos de cada uma delas.
Nome Cientifico: Columba Palumbus
Nome Vulgar: Pombo-Torcaz
È o maior dos três pombos (41cm de comprimento), tem duas manchas brancas nos lados do pescoço e outras duas manchas brancas nas asas que o tornam facilmente reconhecível quando em voo.
È um migrador parcial; a maioria da população, proveniente do norte da Europa visita Portugal durante o outono e o inverno. Os animais que criam no nosso país apresentam uma distribuição englobando praticamente todo o território, mas de inverno concentram-se, sobretudo, nas regiões com montado de sobro e azinho.
O pombo torcaz é característico das zonas arborizadas e a sua alimentação é obtida nesses locais – bolota, azeitona mas também se alimenta nas áreas abertas – de cereais, por exemplo.
O ninho é normalmente construído em árvores, a alturas geralmente elevadas; podem ser feitas 3 posturas de 2 ovos (raramente 1), são incubados pelo macho e pela fêmea durante 17 dias.
Nome Cientifico: Columba Livia
Nome Vulgar: Pombo-das-Rochas
Considerado como antepassado dos nossos pombos mansos, este pombo, bastante mais pequeno ( 33cm de comprimento ) e esbelto que o torcaz, representa também outras características que permitem uma fácil distinção daquele: ausência das manchas brancas no pescoço e nas asas, duas barras pretas nas asas, sobretudo visíveis quando em voo, e uropígio branco.
È uma espécie residente, apresentando uma distribuição alargada a quase todo o país, embora localizado devido ao tipo de habitat preferencial.
O habitat do pombo das rochas, tal como o nome indica, está sobretudo ligado ás zonas rochosas, incluindo a orla marítima e áreas adjacentes; a sua alimentação é á base de grãos e sementes.
Nidifica nas falésias ou mesmo em edifícios, geralmente em colónias. O ninho é feito de uma camada delgada de pequenos ramos e raízes e é construído por ambos os sexos, normalmente o macho transporta o material e a fêmea coloca-o. A postura é de 2 ovos, raramente 1 e a incubação dura 17 a 19 dias.
Nome Cientifico: Columba Oenas
Nome Vulgar: Pombo-Bravo
Sensivelmente do mesmo tamanho do pombo das rochas, não apresenta, ao contrário deste, uropígio branco e barras alares negras. Identifica-se pelas pontas das asas negras e dorso nitidamente mais escuro do que o pombo das rochas.
Espécie também residente, mas, das três espécies em causa é a que apresenta uma distribuição menos alargada no nosso país, restrita sobretudo ao interior.
O seu habitat está especialmente relacionado com zonas arborizadas (bosques ou florestas) a sua alimentação baseia-se em grão e em menor percentagem em bagas e bolota.
A nidificação faz-se geralmente em buracos de árvores, de edifícios ou mesmo de rochas. Normalmente as posturas – 2 ou 3 por ano – são de 2 ovos, raramente 1, a incubação é de 16 a 18 dias.

Os veados ou cervos são mamíferos da ordem dos artiodáctilos pertencentes, em sentido estrito, à família Cervidae. Entretanto, várias espécies semelhantes, de outras famílias da mesma ordem, são também chamados veados. Em Portugal, é normalmente usada esta designação para referir os veados-vermelhos.São encontrados em todo o mundo, exceto na Austrália (as espécies que lá vivem, embora em estado selvagem, foram introduzidas na colonização). Os machos da maioria das espécies desenvolvem esgalhos, galhadas ou hastes (feitas de sais de cálcio) no crânio, que são renovados anualmente. São usados como arma durante a estação de acasalamento, nos combates entre machos. Os veados sem esgalhos possuem longos caninos superiores, que usam como arma. Os veados são polígamos.
Os veados são herbívoros com alimentação específica devido à pouca especialização do seu estômago, que não digere vegetação fibrosa como erva. Assim, alimentam-se principalmente de rebentos, folhas, frutos e líquenes. Têm ainda elevados requerimentos nutricionais de minerais que lhes permitam crescer novos esgalhos todos os anos.
Certas espécies de veados ao longo das Américas foram quase exterminadas por ser sua carne considerada uma iguaria. Muitas espécies estão ameaçadas de extinção.

rola brava

A rola-comum ou rola-brava (Streptopelia turtur) é uma ave da família Columbidae, que inclui as rolas, as rolinhas e os pombos.
É uma espécie migratória com distribuição no paleártico sul, incluindo a Turquia e o norte de África, se bem que seja rara no norte da Escandinávia e na Rússia; inverna na África meridional. A rola-brava é o membro mais pequeno da família dos pombos (Columbidae) na Europa e atualmente as suas populações encontram-se a diminuir por toda a Europa e é considerada uma das espécies outrora consideradas comuns, mas que já não é facilmente observável.
O seu habitat preferido e local de alimentação são zonas florestais, pequenos bosques e zonas abertas. Em Portugal é possível observá-la em todo o território com mais predominância no norte do país. Esta espécie migradora percorre distâncias superiores a 10 000km. Chega aos locais de reprodução em abril e fica até agosto.
Atualmente estima-se que na Europa existam entre 3,5 e 7,2 milhões de casais.
Entre 1980 e 2009 a população europeia de rola-brava diminuiu 69%, o que significa que por 100 rolas-bravas que existiam em 1981 agora existem 31 indivíduos. De acordo com o Censo de Aves Comuns da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) desde 1996 até 2010, em Portugal houve uma diminuição de 31%. As principais razões da diminuição das populações, são a perda de habitat e a caça. Por estas razões foi considerada a Ave do Ano 2012 pela 

quarta-feira, 11 de junho de 2014

trofeu do javali

Finalmente, e como penso que todos sabem (?) o principal objectivo da caça maior é a obtenção do troféu, que, no caso do javali, é o conjunto das suas defesas - 2 navalhas (caninos inferiores) e duas amoladeiras ( caninos superiores). A seguir apresenta-se um esquema da evolução das defesas do javali bem como a sua localização nas maxilas e finalmente, o troféu já montado.
E porque caçar é uma coisa, atirar é outra e finalmente cobrar o animal atirado é outra ainda, aqui ficam algumas referências sobre a reacção mais habitual do javali em função da colocação do tiro.
    
                                                 
                                                                 
 1 - Tiro de Rim ( Raramente se cobra. A morte sobrevém  48 a 36 horas após o ferimento).
  2 - Tiro de Pata Traseira Nunca se cobra. )
  3 - Tiro de Coluna atrasado Temporariamente paralisado no local do tiro, seguido de fuga arrastada. Cobro perigoso com animal vivo).
  4 - Tiro de Pança baixo ( Raramente se cobra. Vestígios de banha, pêlos, conteúdo estomacal e tripas no local do tiro).
  5 - Tiro de Hipófise. ( Nunca se cobra. Queda instantânea no local devido a desmaio; rápida recuperação e fuga desenfreada).
  6 - Tiro de Focinho. ( Nunca se cobra. Queda e fuga instantânea).
  7 - Tiro de Pata dianteira. ( Nunca se cobra. Queda e fuga instantânea).
  8 - Tiro de coração. ( Cobro fácil. Pode acontecer a chamada "corrida da morte" caindo seco relativamente perto do local do tiro - até          150m)
  9 - Tiro de coluna. ( Cobro fácilmas atenção que pode ainda estar vivo quando nos aproximar-mos do animal )

O javali

O Javali é, por excelência, a espécie rainha da Caça Maior não só em Portugal, como também em praticamente todo o continente Europeu. Este animal desperta uma paixão incalculável em quase todos os praticantes desta modalidade de caça, por um lado pela quantidade de efectivos existentes, e por outro pela facilidade com que prolifera em quase todo o tipo de terrenos. Apesar de ter preferência por zonas de maior e mais denso coberto vegetal do tipo bosque e sub coberto  mediterrânico,  é fácil encontrá-lo também em zonas mais nuas de vegetação ou apenas cultivadas. A espécie revela uma invulgar capacidade de adaptação a muitos e diferentes tipos de ambientes, com o único senão de não lhe faltar a alimentação ( igualmente muito variada) e a água (é pouco provável encontrar javalis em zonas demasiado áridas ou secas).  Revela, ainda, um elevado grau de nomadismo (capacidade de deslocar de umas regiões para outras conforme os hábitos da espécie, o clima, a disponibilidade de alimento ou ainda - sendo este o factor mais importante - a tranquilidade na zona). A espécie revela igualmente uma invulgar robustez física, dado que é pouco afectada por doenças virais ou epidémicas sabendo-se que a sua taxa de mortalidade por estes motivos é muito baixa (inferior a 3% dos efectivos de qualquer região), apresentando também uma taxa de reprodução muito elevada associada a uma taxa de mortalidade post natal muito baixa ( as fêmeas atingem a maturidade sexual cerca dos 8-10 meses de idade, e enquanto a primeira camada é de cerca de 3-4 crias, nas restantes parições este valor quase que duplica.)
Por estes motivos e de uma forma geral podemos dizer que existem javalis em praticamente todo o lado.